07 outubro, 2005

Ovelha Dolly

A ovelha Dolly nasceu em 1996 e entrou para a história da ciência porque foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta que conseguiu sobreviver, depois de 276 tentativas infrutíferas. O seu nascimento só foi anunciado em 1997, pelo Instituto Roslin de Edimburgo, da Escócia. Mas ela nasceu com anomalias cromossômicas e, em janeiro de 2003, foi diagnosticada uma artrite, algo muito raro para a idade dela, o que foi um sinal de envelhecimento prematuro, ocasionado provavelmente pela clonagem.
A vida breve da ovelha Dolly prova que a ciência ainda tem muito caminho pela frente para aperfeiçoar a técnica da clonagem. A ovelha, que foi o primeiro mamífero clonado da história, tinha apenas 6 anos quando foi sacrificada, em fevereiro de 2003, por apresentar doenças características da velhice.

A técnica de clonagem que produziu a ovelha Dolly foi pioneira, pois foi a primeira a utilizar células não embrionárias para produzir um clone. Ela consistiu na retirada de uma célula da glândula mamária de uma ovelha doadora, que foi chamada de “célula-mãe”, a qual foi mantida viva em meio de cultura em laboratório. Em seguida, foi retirado o óvulo de uma outra ovelha, desprezando-se o seu núcleo. O óvulo vazio e a célula cultivada foram fundidos por meio de estimulação elétrica, formando o ovo fecundado, que se transformou num embrião e, ao atingir a fase de blástula (ou seja, apresentar mais de cem células), foi implantado no útero de uma ovelha “mãe de aluguer”.

Foi depois da Dolly nascer que as perspectivas de pesquisas em clonagem terapêutica foram ampliadas, permitindo a produção de tecidos vivos a partir de uma única célula.

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