30 outubro, 2005

Genes transplantados do milho protegem arroz

Investigadores das universidades dos estados do Kansas e do Colorado, nos Estados Unidos, transferiram com sucesso para o arroz um gene do milho resistente à bactéria Xanthomonas oryzae pv. Oryzicola. Esse microrganismo causa a doença do traço no arroz e provoca prejuízos de milhões de dólares na Ásia. A moléstia provoca o surgimento de lesões no formato de listras alongadas marrons nas folhas da planta. Os pesquisadores isolaram e identificaram no milho o gene resistente e transferiram-no para 36 pés de arroz. O arroz transgênico (à esquerda na foto) apresentou forte resistência quando infectado pela X. oryzae. Como resultado houve o controle da área das lesões nas folhas, que ficou bem limitada. O estudo foi publicado no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Notícia na Revista "Ciência Hoje", em 18/10/2005

29 outubro, 2005

Células embrionárias sem utilizar embriões?

Células embrionárias sem utilizar embriões?
Uma nova técnica poderia converter células adultas e contornar dilema ético

Investigadores norte-americanos desenvolveram uma nova técnica com a qual foi possível reprogramar células adultas e dotá-las de comportamento e características das células embrionárias, que têm a capacidade de formar qualquer tecido do corpo humano. Caso se mostre viável, o método poderá levar à conversão de células normais em embrionárias sem que para isso sejam usados embriões humanos – o que tem sido motivo de acalorados debates éticos. Mas, apesar do entusiasmo com que esse trabalho tem sido recebido, ainda será preciso desvendar vários mecanismos por trás dessa reprogramação, antes que esses resultados venham a ser usados em terapias celulares. O artigo está em Science (26/08/05, pp. 1.369-1.373).

Consultar revista "Ciência Hoje"

28 outubro, 2005

Gene que pode controlar princípio da vida...

Cientistas identificam gene que pode controlar princípio da vida

Estudo publicado na revista “Nature”
28.10.2005 Jornal PUBLICO.PT

"Uma equipa de cientistas britânicos e franceses identificou o gene responsável pelo controlo dos primeiros momentos da vida, quando o espermatozóide fecunda o óvulo, segundo um estudo publicado ontem na revista “Nature”.
O gene, designado por HIRA, tem um papel crucial no processo que se inicia aquando da fecundação. A ausência ou mutação desse gene no genoma maternal explica porque razão os óvulos falham a produção de uma célula embrionária, mesmo na presença de espermatozóides saudáveis.“Um único gene HIRA (...) é fundamental para os primeiros 15 minutos na regeneração de uma nova vida”, salientou Tim Karr, do Departamento de Biologia e Bioquímica da Universidade de Bath, no Reino Unido. “Uma ligeira mutação no gene HIRA significa que a vida pode nem sequer começar”, acrescentou.“É incrível mas ainda é relativamente pouco o que sabemos sobre os processos genéticos envolvidos nas fases iniciais da reprodução”.Tim Karr trabalhou em conjunto com Benjamin Loppin e Pierre Couble, do Centro de Genética Molecular e Celular de França. O estudo foi financiado pela Wolfson Royal Society Merit Award, o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e pelo Ministério da Ciência francês".
Notícia do Jornal Público

27 outubro, 2005

Novo mapa ajuda a perceber diferenças genéticas em seres humanos


A revista científica ‘Nature’ apresenta hoje a decifração do material genético humano, que levou quase três anos a ser realizado por cerca de 200 cientistas de vários países, num esforço conjunto para conseguir mapear a diversidade dos genes humanos. O novo mapa mostra a existência de diferenças genéticas entre os seres humanos, provando ser uma ferramenta capaz de facilitar, em muito, o entendimento das causas de doenças comuns e complexas como as cardiovasculares, cancro e diabetes.

Consultar artigo em cienciapt.net

25 outubro, 2005

Biodiversidade pode ajudar a travar doenças...

"Cientistas dizem que biodiversidade pode ajudar a travar doenças como a sida e a gripe das aves"
25.10.2005 - Jornal PÚBLICO:

"Proteger melhor a biodiversidade do planeta poderá ajudar a travar o avanço de doenças como a sida, ébola ou a gripe das aves e poupar milhões de euros em cuidados de saúde, defenderam hoje os cientistas da organizaçãonão governamental Diversitas International.
A degradação da biodiversidade tem tornado os seres humanos mais expostos a novas doenças, originadas na natureza.

A biodiversidade não só encerra a possibilidade de novos medicamentos como funciona como barreira aos organismos e agentes causadores de doenças nos humanos”, acrescentaram numa declaração.
“Evitar o surgimento de doenças através da conservação da biodiversidade é, de longe, mais eficiente do ponto de vista económico do que desenvolver as vacinas que as vão combater no futuro”, consideraram.
Peter Daszak, cientista do Wildlife Trust, de Nova Iorque, salientou que “as novas doenças estão a causar uma crise na saúde pública”.
Os especialistas do Diversitas International, sediado em Paris, apelaram aos Governos para que definam políticas que protejam a biodiversidade, incluindo regulamentação mais apertada para o comércio, agricultura e viagens, para reduzir as hipóteses das doenças passarem da vida selvagem para os humanos.
“Não estamos a dizer que devemos trancar a natureza e deitar fora a chave”, advertiu Charles Perrings, biólogo da Universidade do Arizona. Mas os humanos deveriam ser mais cuidadosos e não desequilibrar a biodiversidade.
Perrings lembrou que as doenças sempre se espalharam da natureza para os humanos mas os riscos são agora mais elevados devido ao impacte crescente das populações humanas nos habitats.
“O valor dos serviços prestados pela natureza é desvalorizado”, lamentou Anne Larigauderie, directora executiva da Diversitas. A China, disse, tem de contratar pessoas em algumas regiões para polinizar os pomares porque o uso continuado de pesticidas matou as abelhas. “São precisas dez pessoas para fazer o trabalho de duas colmeias”, disse.
Notícia do Jornal Público
Fonte da notícia: Diversitas

21 outubro, 2005

BIONET: um site de referência...


http://www.bionetonline.org/

Será certo ou errado clonar embriões humanos para investigar a cura de doenças? E escolher os genes dos nossos filhos? O que pensa sobre os organismos geneticamente modificados? Será que os novos medicamentos nos permitirão viver saudáveis eternamente?” É assim que este site convida os cibernautas a entrar e a participar na discussão dos mais recentes avanços das ciências da vida.Uma área tão fascinante quanto polémica, que tem vindo a ganhar cada vez mais espaço no quotidiano pela rapidez com que evolui… mas por isso mesmo é importante explicar do que se trata. Saber o que são células estaminais ou fertilização in-vitro assim como o seu enquadramento legal são assuntos que vão ficar esclarecidos. Além da informação, o site tem notícias e jogos para quem gosta de aprender a brincar. Este projecto de divulgação científica nasceu de uma colaboração entre centros de ciência e museus europeus de onde faz parte o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa. A linguagem é bastante acessível, ideal para quem se interessa mas não tem especialização na área. Aqui o visitante é levado a pensar e a colocar questões éticas e legais relacionadas com as mais recentes descobertas das ciências da vida.

(comentário no programa 2010 do canal 2, http://2010.flmid.com/SitesSemana.aspx)

14 outubro, 2005

Engenharia genética

Actualmente, através da engenharia genética é possível introduzir e tornar funcional, num ser vivo, um gene proveniente de outro ser vivo de uma espécie diferente. Esta técnica permite criar microrganismos capazes de sintetizarem proteínas com interesse comercial e alterar características de plantas e de animais.A introdução de genes humanos em bactérias ou leveduras permitiu, por exemplo, a produção em massa de hormonas e de vacinas. Desta forma, obtêm-se estes produtos em quantidades ilimitadas e, portanto, a custos mais reduzidos.No entanto, apesar dos seus benefícios inegáveis, estas modificações genéticas levantam sérias preocupações éticas relacionadas com eventuais impactos negativos sobre o ambiente, a saúde pública e a sociedade e os seus valores.

Consultar a Wikipédia, a enciclopédia livre, para mais informação sobre Engenharia Genética.

Projecto genoma humano

Este projecto tem como grandes objectivos:

- Elaborar o mapeamento dos genes e análise do genoma, de modo a obter-se uma sequência ordenada (colecção de fragmentos) de todo o Genoma Humano. Identificar todos os genes e as suas sequências reguladoras assim como elementos não-codificantes com funcionalidade relevante

- Identificar os determinantes das doenças uni e multifactorias e compreender o papel dos genes e dos seus produtos na etiologia e patogenia da doença. Desenvolver protocolos de diagnóstico e avaliação de risco, para uso clínico.

- Estabelecer as bases científicas que contribuam para o melhoramento da reparação e substituição dos genes nas células somáticas (terapia genética).

- Desenvolver e melhorar a tecnologia e testes que de uma forma eficaz, rápida e pouco dispendiosa possam ser usados na sequênciação do DNA e análise genética.


Página oficial do Projecto Genoma Humano

13 outubro, 2005

Projecto Genoma humano

O projecto Genoma Humano iniciou-se tendo em vista:

- identificar todos os genes humanos presentes no DNA (estimava-se em 100 mil agora sabe-se que vão de 30 a 50 mil);
- determinar as sequências de três mil milhões de pares de bases químicas que constituem a base do DNA;
- armazenar estas informações em base de dados;
- desenvolver ferramentas para análise do material obtido;
- discutir e normalizar questões legais advindas do processo de pesquisa.


Ver Wikipédia, a enciclopédia livre.

12 outubro, 2005

Cariótipo humano

Os cromossomas são vectores da hereditariedade e todos os seres vivos são caracterizados pela informação contida num número constante para cada espécie.
Cada cromossoma está subdividido em genes. Cada gene é constituído por um fragmento de DNA. O DNA é composto por uma sequência de nucleótidos. Cada nucleótido contem uma base específica. De um modo simplista pode dizer-se que a sucessão exacta destas bases é o código de onde se traduz a diversidade das espécies

Nº de cromossomas em algumas espécies:
Bactérias ----- 1
Esquilo - - -- 46
Rato - ----- - 38
Chimpanzé - 48
Homem - - - 46


Consultar: "Noções básicas de Genética"

11 outubro, 2005

clonagem - fins terapêuticos

Em 1997, Dolly foi a primeira demonstração de que a vida animal pode surgir não só pela fusão de um óvulo com um espermatozóide como pela clonagem, a partir de uma única célula de qualquer para do corpo de um indivíduo adulto. A ideia da utilização da clonagem como forma de reprodução em seres humanos é repudiada por toda a comunidade científica internacional: ao invés de miraculosa, essa forma de reprodução é desastrosa em todas as espécies animais na qual foi aplicada.
No entanto, a aplicação das mesmas técnicas terapêuticos tem o potencial de o revolucionar a medicina, criando uma forte ilimitada de tecidos para transplantes que aliviarão as mais diversas doenças. Mesmo assim, essa chamada clonagem terapêutica esbarra os dilemas éticos / morais que devem ser amplamente discutidos pela sociedade para que possamos usufruir as maravilhas da nova medicina.

Ver link (artigo que aborda as questões relacionadas com a clonagem para fins terapêuticos.)

10 outubro, 2005

clonagem - definição

A clonagem é uma forma de reprodução assexuada, ou seja, forma de reprodução que não envolve a união de um óvulo com um espermatozóide. Referimo-nos à técnica de transferência nuclear utilizada pela primeira vez com sucesso em mamíferos na geração da ovelha Dolly em 1997. Nesta técnica, uma célula de um organismo adulto que é fundida com um óvulo enucleado, ou seja, sem núcleo. O "embrião" gerado possui como conteúdo genético o do organismo que doou a célula (o núcelo), ou seja, um clone. O embrião gerado pela transferência nuclear inicia o desenvolvimento ainda no laboratório, dividindo-se em duas células, quatro, oito, e assim sucessivamente até o estádio de blastocisto, onde ele é composto de 100 - 200 células. Nesse ponto ele pode ser transferido para o útero de uma fêmea receptora onde ele se desenvolverá até o nascimento.
Ver Wikipédia, a enciclopédia livre.

07 outubro, 2005

Ovelha Dolly

A ovelha Dolly nasceu em 1996 e entrou para a história da ciência porque foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta que conseguiu sobreviver, depois de 276 tentativas infrutíferas. O seu nascimento só foi anunciado em 1997, pelo Instituto Roslin de Edimburgo, da Escócia. Mas ela nasceu com anomalias cromossômicas e, em janeiro de 2003, foi diagnosticada uma artrite, algo muito raro para a idade dela, o que foi um sinal de envelhecimento prematuro, ocasionado provavelmente pela clonagem.
A vida breve da ovelha Dolly prova que a ciência ainda tem muito caminho pela frente para aperfeiçoar a técnica da clonagem. A ovelha, que foi o primeiro mamífero clonado da história, tinha apenas 6 anos quando foi sacrificada, em fevereiro de 2003, por apresentar doenças características da velhice.

A técnica de clonagem que produziu a ovelha Dolly foi pioneira, pois foi a primeira a utilizar células não embrionárias para produzir um clone. Ela consistiu na retirada de uma célula da glândula mamária de uma ovelha doadora, que foi chamada de “célula-mãe”, a qual foi mantida viva em meio de cultura em laboratório. Em seguida, foi retirado o óvulo de uma outra ovelha, desprezando-se o seu núcleo. O óvulo vazio e a célula cultivada foram fundidos por meio de estimulação elétrica, formando o ovo fecundado, que se transformou num embrião e, ao atingir a fase de blástula (ou seja, apresentar mais de cem células), foi implantado no útero de uma ovelha “mãe de aluguer”.

Foi depois da Dolly nascer que as perspectivas de pesquisas em clonagem terapêutica foram ampliadas, permitindo a produção de tecidos vivos a partir de uma única célula.

06 outubro, 2005

A razão de ser deste espaço

Com este espaço pretendo proporcionar aos meus alunos um espaço de divulgação científica e de complemento informativo em relação a diversos temas de biologia abordados no ensino secundário. Durante o presente ano lectivo, espero que este blog funcione como um contexto de discussão e partilha a propósito da tema da clonagem humana que será objecto de um trabalho de investigação, nas suas diversas perspectivas, por parte dos alunos.

Meninos vamos ao trabalho!

Professor Marcelino Lopes - Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso
2005/2006